terça-feira, 10 de maio de 2011

Governo Antonio Anastasia apresenta ao Governo Federal plano de expansão para Confins por meio de Parceria Público Privada

Minas leva ao governo um plano para Confins

Aeroporto pode ser ampliado por meio de Parceria Público Privada, em que Infraero seria sócia ou prestadora

BRASÍLIA. Enquanto o governo se debruça para tirar do papel as concessões dos aeroportos de Guarulhos (SP), Brasília e Viracopos (Campinas, SP), o governo de Minas Gerais está trabalhando em alternativas para ampliar os terminais de Confins (BH) com a ajuda do Executivo federal, que desistiu, temporariamente, da privatização parcial do aeroporto mineiro. Há poucos dias foi entregue às autoridades aéreas um plano de expansão de longo prazo, até 2030, de Confins por meio de uma Parceria Público Privada (PPP), com a participação da Infraero.

A estatal federal, que administra 67 aeroportos, entraria na empreitada como sócia minoritária, ou mesmo como prestadora de serviços aeroportuários, atividade na qual possui vasta experiência.

Obras para ampliar sala de embarque e check-in
Segundo uma fonte próxima ao assunto, essa solução é positiva para todas as partes. Para a Infraero, as possíveis receitas com a parceria – como acionista e/ou prestadora de serviços – poderiam ajudar a sustentar os aeroportos que dão prejuízo ou são menos rentáveis e estão sob a responsabilidade da empresa, como os localizados nas regiões Nordeste e de fronteiras. A ideia agradou às autoridades federais e já está sob análise da Secretaria de Aviação Civil (SAC).

A contrapartida do governo mineiro - que encomendou o estudo a uma empresa de Cingapura especializada em administração aeroportuária – seria a melhoria da infraestrutura no entorno do aeroporto, como rodovias. Hoje, Confins está no limite de sua capacidade e, por isso, o governador Antonio Anastasia está cada vez mais preocupado com a demanda crescente pelos serviços. Minas Gerais é um dos estados que mais utilizam as PPPs para grandes projetos.

Segundo estudo da consultoria McKinsey, contratada em 2009 pelo BNDES para orientar as concessões e a remodelagem do setor aéreo, o terminal de passageiros de Confins está saturado. São necessárias, além de um novo terminal, intervenções que ampliem saguão de entrada, balcões de check in, salão de embarque e sistema de restituição de bagagens. Nos próximos anos, o pátio e a pista de Confins também terão de ser reformados. O orçamento da Infraero prevê investimentos de apenas R$408,6 milhões noaeroporto mineiro até 2014.

A sugestão de Minas Gerais para ampliar Confins surge no momento em que o governo federal desistiu de privatizar o aeroporto a curto prazo, junto com o Galeão (Rio), para centrar força na concessão dos novos terminais de Guarulhos, Viracopos e Brasília.

Na semana passada, a equipe encabeçada pelo ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, entendeu que não haveria mais tempo hábil para licitar Confins e garantir que as obras necessárias para a Copa de 2014 estivessem prontas.

Leilões podem ficar para o ano que vem
Já para o Galeão, a decisão de adiar uma possível privatização baseou-se no fato de o aeroporto não estar saturado, não necessitando, portanto, de obras imediatas para aumentar sua capacidade. O problema do Galeão, para o governo, é a prestação de serviço, que a Infraero pode melhorar. Segundo a fonte, até o momento o governo fluminense não apresentou planos alternativos para o aeroporto, como o de Minas Gerais.

As concessões de terminais para os aeroportos de Guarulhos, Viracopos e Brasília são as mais importantes para o governo federal neste momento. Porém, a avaliação dentro da equipe técnica é que elas dificilmente serão concluídas neste ano. A expectativa é que apenas os editais possam ser conhecidos até dezembro, mas os leilões ficariam para o primeiro semestre de 2012.


Fonte: Patrícia Duarte – O Globo

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