quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Tucano Dinis Pinheiro assume presidência da Assembleia de Minas e meta é aproximar Legislativo da sociedade


Tucano assume presidência

Fonte: Amanda Almeida, Isabella Souto e Juliana Cipriani – Estado de Minas

Assembleia
Eleito em chapa única presidente da Casa, Dinis Pinheiro afirma que a meta é identificar o Legislativo com os mais carentes e que oposição é saudável no exercício da democracia.

Com a promessa de aproximar o Legislativo da sociedade – especialmente dos mais carentes – , o deputado Dinis Pinheiro (PSDB) assumiu ontem a Presidência da Assembleia Legislativa de Minas Gerais pelos próximos dois anos. Eleito para o cargo em chapa única e com 75 votos a 2, o tucano assume o comando da Casa com uma situação confortável. Dos 77 deputados empossados ontem em solenidade que reuniu cerca de 1,2 mil pessoas na sede do Legislativo mineiro, 54 são da base do governador Antonio Augusto Anastasia (PSDB) e 23 de oposição.

Também integrarão a mesa diretora o deputado José Henrique (PMDB), como 1º vice-presidente, Inácio Franco (PV), 2º vice, e Paulo Guedes (PT), 3º vice. O deputado Dilzon Melo (PTB) comandará a primeira secretaria, cargo que até anteontem era disputado também pelos peemedebistas, que retiraram pouco tempo antes da posse a candidatura de José Henrique. Alencar da Silveira Júnior (PDT) e Jayro Lessa (DEM) ficaram respectivamente com a segunda e terceira secretarias. Dinis Pinheiro comemorou o acordo fechado com os pares e prometeu diálogo em sua gestão.

“Nossa meta é identificar esta Casa com as camadas mais carentes, buscando com elas o diálogo, opiniões e sugestões”, afirmou Dinis. Apesar de a oposição ter se reunido em um bloco formado por PT, PMDB, PRB e PCdoB, já formalizado ontem, o parlamentar considera que prevalecerão os acordos. “A oposição é algo saudável, sobretudo no exercício democrático”, disse. O líder do governo, Luiz Humberto Carneiro (PSDB), também fala em entendimentos. Para ele, a oposição não aumentou com o ingresso do PMDB no bloco.

“Já não tínhamos o PMDB na base. Eles preferiram manter a posição deles e ficar com o PT. São partidos independentes, e em vários projetos os deputados votaram com o governo”, afirmou o líder tucano. Já o líder do bloco de oposição, deputado Rogério Correia (PT), promete uma atuação mais crítica em relação ao governo Anastasia. ”Formamos um bloco que era natural, estivemos juntos nas eleições e vamos dar sustentação à presidente Dilma Rousseff (PT) em Minas Gerais. Também vamos mostrar a Minas Gerais, sendo oposição, a necessidade de ter uma alternativa de mandato popular”, disse.

EMBATE As leis delegadas editadas pelo governador Anastasia ao longo de janeiro prometem ser o primeiro ponto de embate entre situação e oposição. Amanhã, às 14h, os 23 deputados do PT, PMDB, PRB e PCdoB têm um primeiro encontro para debater formas de reagir aos textos que trouxeram uma nova organização para o estado e criaram cargos na estrutura administrativa. Participam do encontro representantes de entidades da sociedade civil e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).

A expectativa é de que hoje a direção nacional do PT apresente uma ação direta de inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra as leis. “Em tese, queremos revogar as leis. O governo tem que vir à Assembleia explicar à sociedade os novos gastos, os cargos, a criação de secretarias extraordinárias. Tem que mostrar se elas são para agradar aos partidos aliados ou se têm alguma serventia”, justificou Rogério Correia.

O governador em exercício, Alberto Pinto Coelho (PP), minimizou a reação da oposição. “As leis delegadas estão previstas na Constituição Federal, estão nos contornos do que a lei permite. Se entenderem que cabe ajuizar (ação) no Judiciário, que o façam livremente. Isso não vai trazer nenhum transtorno no caminhar do governo, nas iniciativas que vamos tomar.” Sobre o blocão de oposição, o governador disse que é algo “natural” e que a base aliada buscará sempre o diálogo.

Nenhum comentário:

Postar um comentário